Setembro Amarelo: precisamos falar, sim, sobre depressão e suicídio

O assunto é delicado, mas a gente precisa falar sobre ele. Dá uma olhada no que um relatório liberado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) apontou: o suicídio é considerado uma das principais causas de mortalidade em todo o mundo. Para se ter ideia, à frente de doenças como HIV, malária e câncer de mama, e até de guerras e homicídios. Foram 700 mil vidas pedidas por causa desse problema somente em 2019. No Brasil, todos os dias, mais de 30 pessoas tiram suas próprias vidas. Isso é muito preocupante. É um grave problema e que, normalmente, é motivado pela depressão. Esses assustadores números poderiam ser evitados ou reduzidos consideravelmente se existissem políticas eficazes de prevenção do suicídio. Mas tem algo a mais. E o que você pode fazer? Setembro é o mês em que algumas organizações e entidades decidiram promover uma campanha mais focada no assunto. A ideia era ampliar a conscientização sobre a prevenção do suicídio, sendo o dia 10 desse mês o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. A campanha ficou conhecida como “Setembro Amarelo” e foi criada no Brasil, em 2015, pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). A ideia é alertar a população sobre o tema. Infelizmente para muitos, o suicídio ainda não é visto como um problema grave, mas, sim, uma espécie de fraqueza de conduta ou personalidade. Pois é. Sem medo e sem tabus, essa campanha visa esclarecer quem lida com elas, como familiares e amigos, para que identifiquem os alertas e entendam as melhores maneiras de agir e conversar para evitar que isso aconteça. E a melhor forma de se evitar um suicídio é, sem dúvida, através de diálogos e discussões que abordem o problema. Como identificar se alguém precisa de ajuda? – Apresentar comportamento retraído, dificuldades para se relacionar com família e amigos; – Ter casos de doenças psiquiátricas como: transtornos mentais, transtornos de humor, depressão, transtornos de comportamento pelo uso de substâncias psicoativas (álcool e drogas), transtornos de personalidade esquizofrenia. – Apresentar irritabilidade, pessimismo ou apatia; – Sofrer mudanças de hábitos alimentares ou de sono; – Odiar-se, apresentar sentimento de culpa, sentir-se sem valor ou com vergonha por algo; Como ajudar? Você pode contribuir na prevenção do suicídio. O primeiro passo é conversar com essa pessoa. Ouça, demonstre empatia e fique calmo. Mas uma dica importante: deixe que a pessoa fale, sem emitir julgamentos ou opiniões sobre o assunto. Deixe bem claro que sua vontade é apenas ajudar. Seja afetuoso e dê o apoio necessário. Não devemos medir a dor dos outros pelas nossas experiências pessoais e entender que o que não nos afeta não necessariamente não causa dor e sofrimento no outro. Incentive a pessoa que está esses sinais de que pretende cometer suicídio a procurar ajuda especializada. E não pense duas vezes: converse imediatamente com a família e amigos. Isso ajudará muito.
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