Aviação agrícola brasileira completa 74 anos de atividades

Você sabia que a aviação agrícola começou no Brasil em 1947 na cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul? Neste ano, no dia 19 de agosto, foi realizada a primeira operação em uma área afetada por gafanhotos, que estavam atacando a produção de diversas culturas de agricultores da região. O equipamento utilizado para a aplicação foi totalmente improvisado e montado em um biplano Muniz M-9 de instrução, pertencente ao aeroclube local.

O agrônomo Leôncio Fontelles e o piloto Clóvis Candiota foram os pioneiros e responsáveis por tentar conter as perdas provocadas pela praga. Os dois utilizaram alguns desenhos de publicações estrangeiras sobre aviação agrícola, e encomendaram a um funileiro uma espécie de aplicador que, posteriormente, fora adaptado em um avião.

“Os pneus têm extrema importância em todos os tipos de transporte. No final das contas, são eles que mantêm contato direto com a estrada ou a pista e são responsáveis pela estabilidade, frenagem e a segurança de veículos ou aeronaves, principalmente das cargas e pessoas envolvidas”, afirma Carlos Bellon, Especialista de Vendas da Titan Pneus do Brasil. “Pneus adequados e manutenção em dia, permitem sempre um melhor desempenho, nos aspectos de segurança, tempo, desempenho e custos”, complementa.

Candiota se tornou patrono da Aviação Agrícola nacional

Na tarde do dia 19 de agosto, após receberem um boletim com aviso de uma nova nuvem de insetos se aproximando da região, os dois decolaram e, sem saber, fizeram história com a primeira operação aérea agrícola registrada no país. Desde 1989, a data se tornou oficialmente o “Dia Nacional da Aviação Agrícola” e Candiota, o patrono da atividade no Brasil.

De lá para cá muita coisa mudou. O que antes era realizado na base do improviso, hoje tornou-se um mercado extremamente profissionalizado, consolidado e lucrativo para o setor. Com o início das operações cada vez mais frequentes a partir daquele dia, muitos agricultores se beneficiaram, uma vez que puderam tratar culturas em um espaço de tempo menor dentro e de áreas que, até então, eram inviáveis por via terrestre.

Hoje, a aviação agrícola tem grande importância no agronegócio brasileiro e, entre as principais atividades, presta serviços na semeadura e aplicação de agrotóxicos (químicos e biológicos) para proteção das lavouras, além de povoamento de rios e lagos com peixes e também combate a incêndios florestais.

Previsão de crescimento no Brasil

De acordo com o último balanço da SINDAG (Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola) realizado em março, a frota aeroagrícola brasileira é a segunda maior do mundo – atrás apenas dos Estados Unidos com quase 4 mil aeronaves -, e entrou 2021 com 2.352 aparelhos operando, crescimento registrado de 3,16% em 2020 durante a pandemia. Destas 2.352 aeronaves, vale dizer que 2.331 são de asas fixas (aviões) e outras 21 de asas rotativas (helicópteros).

Do total, o estado de Mato Grosso (MT) está em primeiro lugar no número de aeronaves registradas, com 550 unidades. Em segundo está o Rio Grande do Sul (RS), com 421 aeronaves; seguido por São Paulo (SP), com 333 aviões operando nas diversas áreas e culturas.

Segundo a entidade, as principais fabricantes de aviões agrícolas, como a brasileira Embraer e as americanas Air Tractor e Thrush Aircraft já estão recebendo pedidos de aviões para 2022. Para o final de 2021, a expectativa é que o setor atinja um crescimento de até 4%, com uma frota de 2.450 aeronaves.

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